sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Ma meilleure amie la coupe lunette

Depois de dois ciclos com o meu lunette, sinto que já tenho conhecimento de causa suficiente para falar sobre ele, mesmo ainda estando longe de ser uma usuária experiente. Se fosse possível resumir todo o processo do uso do coletor em uma só palavra ela seria persistência. A verdade é que no início não é facil, são várias as tentativas frustradas com direito a desconforto e vazamentos, e isso gera uma tensão extra que, somada à tensão normal do período, faz a pessoa pensar se o copinho é realmente a melhor opção, se vale o "sacrifíco". Eu estava assim, já pensando no prejuízo, quando acertei, e foi ótimo ver que ele funciona e quase esquecer que ele está lá. O segundo ciclo foi muito melhor, tudo mais fácil, menos tentativas e mais acertos. Não tenho mais dúvidas de que o coletor é a melhor opção para mim, pois as vantagens superam de longe as dificuldades.
Ah, uma coisa importante, o coletor definitivamente não serve para mulheres que acham que o sangue menstrual é sujo, que não querem nem vê-lo e que não suportariam "sujar" seus dedinhos. Mas, se quiserem saber, o sangue não é sujo e não tem cheiro ruim. Claro que em contato com o ar ele vira meio de cultura para vários microorganismos e "apodrece". Só que isso não acontece com o coletor, esse contato com o ar não existe [ao contrário do absorvente que acaba virando um self-service de bactérias, fungos e o que mais houver nesse ar que nos rodeia].
Aí em baixo, uma foto de quando meu copinho chegou.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Joséphine


Ela estava de bobeira no estacionamento quando me viu. Eu estava ali, passando feliz, à vista de toda a gente. Mas Joséphine, como gata que é, me viu de verdade e teve pena. Na volta do almoço ela me chamou com fofices - gatos sabem como atrair pobres (des)humanos - e deixou que eu a alimentasse. Me deu cabeçadas e conselhos e eu sorri de verdade sentada entre os carros. Joséphine viu com seus olhinhos que o meu caso era grave e, com sua infinita bondade felina, me adotou para tratamento. Agora eu sou uma pessoa em recuperação, voltando a ser humana, cada dia um pouco mais. E Joséphine é a dona da casa, e minha também.