quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Onde está o PEV?

Pessoas do meu Recife, dêem uma clicadinha aqui e encontrem o PEV mais próximo de suas residências. Lembrando que PEV é o Posto de Entrega Voluntária de lixo reciclável. No fim dessa semana vou fazer minha primeira entrega. É isso. Sobre o caminhãozinho da coleta seletiva: sim, ele existe! Vi um semana passada voando que nem flecha pela avenida Norte. Fiquei besta.

Mimo [crise dos 30 é bóia]

Mulherzinha em crise,
totalmente enlouquecida,
quer ir pra casa dormir
ou beber inseticida.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A maior de todas

http://emilezola.free.fr

Pourquoi la souffrance d'une bête me bouleverse-t-elle ainsi? Pourquoi ne puis-je supporter l'idée qu'une bête souffre, au point de me relever la nuit, l'hiver, pour m'assurer que mon chat a bien sa tasse d'eau? [..]
Pour moi, je crois bien que ma charité pour les bêtes est faite de ce qu'elles ne peuvent parler, expliquer leurs besoins, indiquer leurs maux. Une créature qui souffre et qui n'a aucune moyen de nous faire entendre comment et pourquoi elle souffre, n'est ce pas affreux, n'est ce pas angoissant? (Émile Zola - Le Figaro, 24 mars 1896).

Nada me angustia mais do que o sofrimento animal. Isso desde a infância (sim, eu fui uma criança angustiada que chorava quase todo domingo sem saber o porquê). Andei de olhos fechados até pouco tempo, mas agora, na virada dos trinta, a coisa ficou insuportável e eu parei com a carne. Ou quase, pois tenho cedido a alguns apelos familiares e ao medo de perder a saúde, que é medo infundado e irracional, eu sei, mas sou pessoa medrosa. Parei (quase) com a carne, mas não com o leite e, caramba, como sofrem as vaquinhas! Elas são inseminadas artificialmente para parirem constantemente e produzir leite em tempo integral. Vivem confinadas e são turbinadas com hormônios para produzir mais e mais. Seus bezerros viram babybeef ou, se fêmeas, seguem para a criação em confinamento para futura produção de mais leite.
Sinto culpa, muita culpa e medo, muito medo. Ouço falar de gente feliz e contente que só come frutas e tem saúde de sobra. Mas tem também aquela outra gente que perdeu quase todos os cabelos porque de bicho não comia nada. Será que encontro pela internet um simulador de carequice? Sim, porque não quero mais contribuir com isso. Nenhuma crítica a quem não vê problema em consumir carne e outros alimentos de origem animal, mas quero viver mais de acordo com o que penso, e sinto, e acredito. Viver de bem comigo.

Ah, e Émile, je t’aime.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Vagareza

O meu projeto de vida sustentável tem andado a passos lentos... Confesso que fiz desvios bastante vergonhosos no meu itinerário. Meu rendimento tem sido baixo, sob todos os aspectos: o lixo misturado, o óleo que não virou sabão ainda... A angústia só tem aumentado e começo a duvidar do meu poder para arrumar um pouco as coisas. Vejo o lixo se espalhando pelas ruas no meu caminho para o trabalho. Vejo cachorros e gatos doentes e com fome pelos cantos. Vejo muito e faço quase nada, por isso não tenho vindo aqui. Vou descrever algumas das dificuldades que encontrei, não para justificar minha apatia, mas para organizar as idéias e, quem sabe, receber algumas sugestões.

Sabão: Está faltando material por questões de “lisura” financeira. Já comprei as bacias, mas faltam a soda cáustica, o óleo essencial e as formas.

Lixo: Não tenho dado a atenção que gostaria. As pessoas da casa já estão devidamente orientadas e concordantes com a situação, mas muitas vezes esquecem e muitas outras não estão com tempo ou saco para lavar e secar os recicláveis.

Resumindo a ladainha: no meu primeiro mês de vida ecologicamente consciente e atuante eu fiz bem menos do que gostaria e isso me chateou bastante. “Devagar se vai ao longe” mesmo? O planeta pode esperar?